Hoje foi dia de saudades cantarem e brotarem
Saudade de ser criança
Saudade daquele almanaque da Mônica no qual eu me perdia sentada com as perninhas suspensas numa cadeira tão grande que até parecia um trono: eu a rainha sentada com aquele gibi no colo.
Saudade de escutar velhas músicas, de velhas histórias, de antigas pessoas, de antigas irresponsabilidades.
De antigas angústias, apertando menos que essas de hoje.
Saudade de antigos escritos e sentimentos, antigos livros com gosto de poeira, corredores de escola, colos, choros soltos, risos frouxos e de poucas malícias.
Saudade.
Quem conhece, sabe bem.
E eu conheço muito, muito à fundo, essa palavra, que foge a dicionários, e só a língua portuguesa é que tem.
Por fim, digo sim que estou feliz: o meu rosto que não é mais o mesmo não me incomoda tanto, a minha magreza? Ah, nunca fui mesmo gorda. Ontem deu tudo certo, fiz uma pessoa que amo mais feliz e recebi muita gente que também amo, e que talvez nem saiba disso!
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